A Baixada Santista ainda não aprendeu a prestigiar seus sambistas, e continua importando gente de São Paulo para fazer palestras sobre Samba nas festividades do Dia do Samba, 2 de dezembro.
Santos, a Capital do samba da Baixada, manteve a tradição e respeito com nossas raízes, levando à comemoração os mais antigos e respeitados membros do Samba da Cidade: J. Munis, Delegadinho, Nego Wilson, os Cidadãos e as Cidadãs Samba, Cabos, Reis e Rainhas, Mestres Salas e Portas Bandeiras, Compositores,Passistas, Ritmistas, Sambistas, Diretores, Autoridades e uma infinidade de gente que vive o mundo do Samba. A X9, na medida do possível, manteve a tradição da Alvorada do Samba com café e bolo.
Não tenho nada contra nossos coirmãos paulistanos, mas, lembro perfeitamente quando eles vinham a Santos, literalmente, aprender conosco, pois éramos considerados o segundo melhor desfile de Escolas de Samba do Brasil. O marchado samba de Sampa mudou após a participação de nossos ritmistas que enxertaram as baterias dos paulistanos, nossos compositores venceram uma infinidade de sambas em várias Escolas da Capital, nossos passistas deram verdadeiros shows na passarela do Anhembi, auxiliando em muito, o crescimento do Samba Paulista, principalmente com o poder financeiro que eles têm, suplantaram os Mestres, sem dúvida.
Respeito hoje o desfile das Escolas de Samba de São Paulo como o 2º melhor do Brasil. Só não aceito convidar os sambistas de São Paulo para fazer palestras sobre o Samba Santista.
Será que nós não temos palestrante competente para isso? Sinto muito, mas, São Vicente pisou na bola.
Assim sendo, que Oxalá nos abençoe e meu Pai Ogum nos dê Malême. AXÉ!