“É vedada toda e qualquer
censura de natureza política,
ideológica e artística.”
(Parágrafo 2º. – Artigo 220 da
Constituição Federal)
E o interessante nessa estória que envolve dois Ministros do STF, Dias Toffoli e Alexandre de Moraes, é que estes senhores deveriam ser os guardiões da Constituição Federal. No entanto, na prática, simplesmente rasgaram a dita Constituição, em função de interesses menores e para salvaguardar fatos escusos denunciados em matéria da revista Crusoé, baseada em documentos oficiais, constantes em processos em tramitação na Operação Lava Jato.
E partir dessa tresloucada ação, usaram a Polícia Federal para as tais operações de busca e apreensão, invadindo residências, inclusive de um General de Exército, na ânsia de apagar os rastros de possível mal feito protagonizado por um deles. Assisti a pouco um ex-membro do STF, condenando a referida ação, e alertando para um fato que a imprensa não se deteve em analisar. Quem julga, não pode se envolver em sua investigação. Isso é tarefa da promotoria, no caso a PGR.
Porém, e sempre tem um, porém, como dizia Plinio Marcos, esse apavoramento que atingiu os citados membros do STF merece, por parte deles, uma explicação mais convincente. A atual composição do STF, com raras exceções, não vem agradando a população brasileira em função de determinadas decisões ali adotadas, que beneficiam corruptos contumazes, políticos malandros e empresários inescrupulosos, que por anos estão usurpando as finanças do país, objeto dos impostos que pagamos durante todos estes anos.
Nem mesmo a atuação da chefe da PGR, solicitando o arquivamento dessas ações pouco republicanas, foi aceita pelo Ministro Alexandre de Moraes, que pelo visto, ensaia uma caça às bruxas para tentar defender o Presidente desse Tribunal. Com isso, pratica estas sandices que são totalmente inconstitucionais, e ainda se acha o dono da verdade. Outros Ministros do Tribunal, já se posicionaram contrários a essas ações, porque sabem que quando se estica demais a corda, a tendência é que ela arrebente, e sempre para o lado mais fraco. E neste momento, todo o povo brasileiro sabe qual é o lado mais fraco.
Para finalizar, presto minhas homenagens ao amigo de longa data, Gastone Righi, que neste 17 de abril, nos deixou. Teve uma carreira parlamentar brilhante, lutando pela autonomia política de Santos, e de vários outros municípios, autonomias essas que tinham sido cassadas após a instauração do regime de exceção em 1964. Além disso, é de sua autoria a legislação que proíbe a caça às baleias em águas territoriais brasileiras, além de sempre manter uma postura política sólida, em defesa das liberdades, notadamente a liberdade de expressão, hoje arranhada pela atuação de membros do STF. Por sua conduta foi cassado pelo regime de exceção. Que Deus o receba. Nossa amizade remonta os tempos em que fomos nadadores, eu do Vasco da Gama e, ele, do Saldanha da Gama. Infelizmente não se fazem mais políticos da estirpe de um Gastone Righi.