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Incêndio em Santos continua e Governo instala gabinete de crise

Voltar para listagem de notícias Inserida em: 2015-04-05 -02:46

Incêndio em Santos continua e Governo instala gabinete de crise

No terceiro dia do incêndio nos tanques da Ultracargo, no bairro Alemoa, o Governo do Estado de São Paulo instalou o gabinete de crise na Prefeitura de Santos, com objetivo de acompanhar e tomar providências em relação ao sinistro.

Fazem parte do gabinete, o vice-governador, Márcio França, os secretários de Governo, Saulo de Castro (Governo), José Roberto Rodrigues de Oliveira (Casa Militar), Alexandre de Moraes (Segurança Pública) e Patrícia Iglecias (Meio Ambiente), o comandante do Corpo de Bombeiros, Marco Aurélio Alves Pinto, e o subsecretário de Comunicação, Marcio Aith.

O prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa esteve pela manhã com sua equipe no local do incêndio e falou pela primeira vez sobre o sinistro. O prefeito disse que todos os recursos estão sendo empregados para combater o fogo e que a cidade está preparada para qualquer emergência. O incêndio teve início por volta das 10h20 de quarta-feira (dia 2) inicialmente em apenas um tanque e atingiu outros cinco tanques de combustível, sendo que, por volta das 18h deste sábado, quatro permaneciam pegando fogo. Ao lado do último tanque incendiado há outros dois. Um deles vazio e o outro contém etanol. Eles não foram afetados até o momento e apesar dos esforços dos bombeiros para conter a expansão do fogo, pode se alastrar ainda mais e novas explosões também não estão descartadas.

Uma equipe com cerca de 100 homens do Corpo de Bombeiros se reveza no combate às chamas e no resfriamento dos tanques, para evitar que o fogo se propague. Brigadistas da Ultracargo e da Petrobras e homens do Pan (Plano de Auxílio Mútuo, brigada formada por funcionários de todas as empresas da Alemoa) trabalham no combate ao fogo. 

Segundo o porta-voz do Corpo de Bombeiros, capitão Marcos Palumbo, não há expectativa sobre em quanto tempo as chamas podem ser controladas e  falou das dificuldades para preservar os tanques próximos aos já afetados devido às altas temperaturas de  até 800 graus Celsius responsável pela evaporação  da água usada para apagar as chamas e esfriar os tanques. Até o início da noite deste sábado, já foram utilizados 4 bilhões de litros de água extraída do mar por uma embarcação do Corpo de Bombeiros. Caminhões-pipa da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) também estão no local.

Fumaça – Uma das grandes preocupações da população dos bairros mais próximos ao local do sinistro, como o Jardim Piratininga, São Manoel em Santos e Vila dos Pescadores e trecho do Jardim Casqueiro em Cubatão é com relação a fumaça.

A Secretária do Meio Ambiente de Santos, Patrícia Iglecias, alertou a população sobre a aparição de peixes mortos na região. Apesar de não poder afirmar se existe uma relação entre os animais e o incêndio, ela recomenda que a população não consuma os peixes.

A Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (CETESB) continua monitorando a qualidade do ar nas proximidades do incêndio e em outras regiões da cidade e continua informando que o acidente não oferecia riscos à população.

O fogo teve início na manhã de quinta-feira (2) pode durar dias e a causa ainda é desconhecida. O delegado do Deinter 6, Gaetano Vergine, afirmou que as investigações serão realizadas após a extinção do  incêndio. (Fotos: Divulgação)