Os mais de mil motoristas de dezenas de empresas de transportes de cargas secas e líquidas de Santos, Baixada e região, com data-base em maio, continuam em campanha salarial.
Em assembleia na manhã deste domingo (5), no Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários (Sindrod), a categoria recusou a segunda contraproposta patronal para renovação do acordo coletivo.
O sindicato das empresas de transporte comercial de carga (Sindisan) ofertou reajuste salarial de 9%, R$ 19 de diária para almoço e janta, R$ 22 em caso de pernoite e convenção coletiva por dois anos.
Mas não foram esses os pontos polêmicos que descontentaram os trabalhadores. O problema está na garantia de pagamento mensal extraordinário, correspondente a 60 horas, prevista no atual acordo.
As empresas querem diminuir esse número de 60 horas para 40, com o que não concordam os motoristas e a diretoria do sindicato. “Inaceitável”, diz o secretário-geral, ‘Ferrugem’ Eronaldo José de Oliveira.
Como eles têm a data-base garantida pelo Sindisan, com direito ao retroativo a maio após o fechamento do acordo, decidiram continuar negociando até 19 de julho, quando haverá nova assembleia.
No semana passada, a assembleia, que está em caráter permanente, não aceitou a revogação da garantia de pagamento mensal extraordinário, correspondente a 60 horas, prevista no acordo coletivo.
“Apesar de ter recuado um pouco”, diz Ferrugem, “o sindicato patronal continua relutante em manter as 60 horas, que consideramos um direito adquirido”. (Foto: Paulo Passos)