Resultado da greve entre 29 de junho e 1º de julho, o acordo coletivo de trabalho entre o Sindicato dos Operários Portuários (Sintraport) e a Portofer Transporte Ferroviário foi assinado nesta quinta-feira (16).
O documento prevê reajuste salarial de 8,36%, estabelecido em audiência de instrução e conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-SP), em 1º de julho, válido para 300 empregados.
O acordo garante estabilidade no emprego por 90 dias. Mas o presidente do sindicato, Claudiomiro Machado ‘Miro’, adverte que “se houver demissão, depois disso, pararemos tudo de novo”.
O acordo estabelece ainda uma comissão tripartite, formada por representantes do sindicato, trabalhadores de base e empresa, para negociar vários problemas cotidianos de relações de trabalho.
O documento tem efeito retroativo à data-base de março e contempla 80 maquinistas, 80 operadores e 140 empregados em funções como supervisores, líderes e auxiliares de pátio e de operação, escriturários, pessoal de manutenção, rondantes e ‘olhos vivos’.
A empresa é responsável pela carga e descarga de granéis, contêineres e outros produtos de exportação e importação. A categoria reivindicava 9% de reajuste, mas a empresa oferecia 8,19%.
“Mais importante que o índice e as demais cláusulas do acordo, foi a recuperação da autoestima da categoria, que vinha há muitos anos submetida a uma verdadeira ditadura da empresa”, disse Miro.
A greve começou numa segunda-feira (29) e ganhou força na terça e quarta-feira (30 e 1º). Todos os terminais das margens direita e esquerda do porto foram afetados.
O documento foi assinado pelo presidente do Sintraport, em sua sede, e pela gerente de relações sindicais e terceiros da empresa, Mônica Vohs de Lima. (foto: Paulo Passos)