Prefeitos das nove cidades da Baixada Santista demonstraram ao governo do Estado de São Paulo que foram equivocadamente classificadas como “zona vermelha” (fase I) no plano de reabertura da atividade econômica do governador João Dória para o enfrentamento da pandemia da Covid-19.
A alteração será oficializada na próxima terça-feira (2) pelo Estado, conforme anunciou o prefeito de Santos e presidente do Conselho de Desenvolvimento da Baixada Santista (Condesb), Paulo Alexandre Barbosa.
Essa retomada será baseada na redução do número de casos de covid-19, disponibilidade de leitos na rede hospitalar pública e privada, adesão a protocolos de testagem e o respeito ao distanciamento social e ao uso de máscaras de proteção. A avaliação dos critérios e a decisão pela “transição” caberá aos prefeitos.
Fases - O plano de flexibilização da quarentena visando a reabertura do comercio, segundo o governo paulista estabelece cerca de 60 protocolos e 500 diretrizes com recomendações para os setores econômicos e concentra ações em cinco fases.
Fase 1, vermelha que é a fase de contaminação e de abertura somente de setores considerados essenciais logística, segurança, abastecimento e saúde. Nesta fase encontram-se as cidades da grande São Paulo, com exceção da capital paulista. (nesta fase, até a reunião de ontem, estavam incluídas da Baixada Santista(foi reclassificada e passou para afase Laranja) e Vale do Ribeira. As cidades incluídas nessa fase continuarão em quarentena até pelo menos o dia 15 de junho e não poderão dar início à retomada econômica neste momento. De acordo com o governo, nesses municípios o sistema de saúde está pressionado por altas taxas de ocupação de UTI e avanço de casos confirmados de pacientes com covid-19.
Fase 2, laranja, de controle, e as cidades ainda tem medidas restritivas, mas já podem dar início à abertura controlada de shopping centers, comércio, imobiliárias e concessionárias. Com relação aos shopping centers, fluxo em torno de 20% da capacidade original, respeitando distanciamento de um metro e meio e funcionamento com horário reduzido de quatro horas nessa etapa e limitação do uso da praça de alimentação".
Fase 3, amarela, de flexibilização, poderão ser abertos também salões de beleza e bares e restaurantes. Mas sempre obedecendo critérios que foram estabelecidos pelo governo paulista e que serão pactuados pelas prefeituras e as entidades e associações setoriais. Nesta fase se encontram as regiões de Bauru, Araraquara/São Carlos, Barretos e Presidente Prudente.
Fases 4 e 5 - Nenhuma região do estado ainda se encontra nas fases 4 ou 5. A fase 4, verde, de abertura parcial, prevê ainda a liberação de academias. Na fase 5, azul, de normal controlado, serão abertas todas as atividades econômicas do estado, inclusive cinemas, teatros e eventos esportivos. Segundo a secretária de Desenvolvimento Econômico do Estado, Patrícia Ellen, nessa última fase, com tudo em funcionamento, sem cura ou vacina, ainda será um funcionamento com medidas rígidas de higiene e de distanciamento social.
De acordo com o governador João Doria, cada uma das fases é determinada pelo acompanhamento semanal da média da taxa de ocupação de leitos de UTI exclusivas para pacientes contaminados pelo coronavírus e o número de novas internações no mesmo período. Uma região só poderá passar a uma nova etapa após 14 dias do faseamento inicial, mantendo os indicadores de saúde estáveis. Caso haja redução dos níveis, a região poderá voltar a uma fase anterior. (Foto: Reprodução)